a última carta

Fiz-me inteiro. Completo por ser imperfeito. Fiz me ao meio, pelos meios, cantos, acordes, cores, traços, ventos. Fiz-me mais do que jamais havia sido, renasci mesmo após ter-me dado como vencido. E agora, no fim disso tudo o que recebo é um novo começo.

 

Sei o que sou e sei o que quero. Sei pelo que morrer e pelo que deixar passar. Sei que sou e sempre serei infinito, simplesmente por sempre estar aberto a ser um novo e melhor eu. Minha busca nunca irá acabar, mas com ela, minha satisfação será eterna. Eu vim aqui pra isso. Eu vim aqui pra fazer, pra ser, pra crer, pra tentar.

 

Perdi o medo do erro. Perdi o medo do menos. Perdi o medo de mim. Sou mais forte do que nunca, mais calmo do que nunca, mais pleno e ameno. Se o mundo terminar amanhã eu vou lamentar ter demorado tanto, mas entenderei perfeitamente que esse tempo foi preciso pra que meu agora pudesse ser tão precioso.

 

Não sei qual será o meu caminho, o meu destino, o meu novo endereço. Mas me basta a certeza de poder viver mais um recomeço.

 

Feliz fim dos tempos.

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